Dor não é critério de gravidade
Dor não é critério de gravidade
Mas, doutor… como assim eu não tenho nada grave se essa dor está acabando comigo?”
Esse tipo de dúvida é frequente e totalmente compreensível.
Dor é um sintoma ingrato, que nosso organismo utiliza claramente como forma de mostrar que alguma não está funcionado legal…
E ela consegue facilmente atingir seu objetivo, que é alertar.
Só que esse alerta vem de uma forma ingrata, diminuindo nossa qualidade de vida e atrapalhando nossa percepção da realidade.
Só que a dor, sabemos, é subjetiva.
Existem diversos fatores que influenciam, e influenciam de verdade.
Dificilmente duas pessoas com o mesmo “problema” vão apresentar o mesmo padrão álgico.
Sabemos que fatores culturais influenciam (compara a resposta para a dor de um latino com um oriental); fatores sociais influenciam (tem gente que ignora a dor pela necessidade extrema de trabalhar, da mesma forma que existem pessoas que ao menor sinal de dor já ficam impossibilitadas); enfim, existem uma infinidade de influências para a percepção de dor, algumas mais difíceis de notar, outras clássicas - todo mundo sabe como mulheres tendem a lidar muito melhor com dor: pode até parecer sexista, mas quem atende sabe como homem tende a ser muito mais dramático.
A dor passou de apenas um sintomas para muitas vezes ser o principal foco do acompanhamento e do tratamento; tanto é que hoje existem especialistas em Dor, médicos (das mais diversas especialidades que tratam exclusivamente dores, das mais simples àquelas mais crônicas e de difícil resolução).
Não subestime uma dor, mas também não se preocupe desnecessariamente: ao menor sinal de um incômodo mais chato, procure atendimento especializado.
Muitas vezes uma dor mais grave não significa algo a se preocupar; mas, da mesma forma, uma dorzinha que “dá pra suportar” pode ser a ponta de um iceberg.
Procure sempre um especialista!
Dr Rodrigo Santos Martinez
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