Doutor, não estou feliz com o tratamento! Não vejo resultado!
Doutor, não estou feliz com o tratamento! Não vejo resultado!
A falha na obtenção dos resultados almejados, muitas vezes, pode se tornar uma constante em algumas situações, e devemos avaliar os motivos e circunstâncias que fizeram com que o objetivo inicial nao fosse atingido.
Obviamente, vamos desconsiderar situações onde não houve um adequado planejamento do profissional perante o caso do paciente. Infelizmente, tal situação tem se tornado cada vez mais comum, pelo despreparo em decorrência da má formação educacional – faculdades fracas; número cada vez maior de pessoas que trocam uma residência por apenas um curso de pós graduação; entre diversos outros fatores que podemos voltar a falar sobre em um novo post.
A decepção na falha do tratamento é forte e impactante tanto para o médico quanto para o paciente.
Cabe ao médico entender onde foi que existiu dificuldade em fazer com que o paciente adotasse em sua rotina o tratamento proposto.
Falta de rotina, aliás, é um dos principais sabotadores de resultado! Quantas vezes não nos deparamos com situações em que o paciente pega seu planejamento e vai fazendo/encaixando apenas uns pontos em sua rotina. Acreditar que fazer só uma pequena parte vai trazer totalmente o resultado almejado é uma grande e frequente ilusão. É preciso fazer com que o paciente entenda a necessidade de adotar 100% do proposto para ter 100% do resultado. Essa é uma relação inversamente proporcional: quanto menos fizer, maior será a decepção.
Também não cabe ao médico apenas impor as alterações e não auxiliar o paciente entender a melhor forma de adequar tudo aquilo em sua vida. Muitas vezes não é um caminho fácil no começo, e desistir é sempre mais atraente que se esforçar um pouco mais.
Evitar também o auto sabotamento: saidinhas, fim de semana, “refeição do lixo”. É repetitivo e se torna cansativo, mas só funciona assim: para obter 100% do resultado, tem que seguir 100% do que foi proposto.
Cabe ao médico fazer com que o paciente entenda e consiga; e cabe ao paciente confiar no médico e evitar se enganar.
Dr Rodrigo Santos Martinez
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